4 Ideias de Sermão Para o Dia Dos Pais Que Todo Cristão Pode Aplicar

4 Ideias de Sermão Para o Dia Dos Pais Que Todo Cristão Pode Aplicar

Introdução:

Os pais desempenham um papel crítico na vida de seus filhos: são chamados a serem professores (Provérbios 1:8, 22:6; Efésios 6:4), provedores (1Timoteo 5:8), disciplinadores (Provérbios 13:24) , e exemplos vivos de Deus (2 Coríntios 3:2-3). É uma tarefa difícil do maior Pai de todos eles.

Embora o Dia dos Pais seja um ótimo dia para ensinar sobre paternidade na Bíblia, também é a oportunidade perfeita para conectar sua congregação com exemplos bíblicos de paternidade com os quais todos podem aprender.

Aqui estão quatro ideias de sermão para o Dia dos Pais que podem desencadear algumas ideias para sua pregação.

1. O Modelo de um Pai Perfeito

Passagem chave: Lucas 15:11–32

Muitas vezes, pregar e ensinar sobre o filho pródigo se concentra mais no filho pródigo.

Porém, há muito mais nessa parábola:

- O pai aqui foi escolhido para ilustrar nosso Pai celestial.

- Ele teve dois filhos pródigos, não apenas um.

- Porque o Pai era o que era, o filho pródigo tornou-se o que deveria ser.

O pai era acessível, andava com Deus – e seu filho sabia disso – afetuoso e amoroso apesar dos fracassos.

Os pontos principais: enquanto os pais têm um modelo em Lucas 15, há mais para tirar. Todo cristão pode ser consolado porque nosso Pai celestial é tão amoroso e perdoador quanto aquele em Lucas 15. Assim como ele amou e aceitou seu filho pródigo, ele nos amará e nos aceitará quando formos a ele para pedir perdão.

2. Um Homem Justo Cercado Pela Maldade

Versículo-chave: “Mas Noé achou graça aos olhos do Senhor” (Gênesis 6:8)

A história de Noé é uma das mais conhecidas da Bíblia. A terra e todas as pessoas nela se tornaram corruptas – a maldade havia dominado, a terra estava “cheia de violência”, e as pessoas que Deus criou se tornaram endurecidas para com ele (Gênesis 6:5, 11) – entristecê-lo ao ponto que ele “se arrependeu de ter feito o homem na terra” (v. 6).

Então, Deus determinou “por fim a toda carne” e “destruí-los com a terra” (vv. 12-13). Por ordem de Deus, Noé se propõe a construir uma arca de grande capacidade exatamente como Deus disse. Ele juntou os materiais. Construiu a arca. Carregou os animais. Abasteceu a arca com alimentos e suprimentos. Os espectadores pensaram que ele havia enlouquecido.

Mas essa é a versão em flanelógrafo da história.

Há uma lição poderosa na história de Noé sobre a medida de um homem (ou mulher) de Deus que faríamos bem em prestar atenção.

Deus escolheu Noé dentre todas as pessoas da terra porque ele conhecia a condição do coração de Noé. Escondido entre os versículos sobre maldade e destruição vindoura, as Escrituras dizem que “Noé achou graça aos olhos do Senhor” (Gênesis 6:8). Mais tarde, em Gênesis 7:1, Deus diz que “viu que [Noé é] justo diante de mim nesta geração”. Noé era justo, irrepreensível entre as pessoas de seu tempo, e “andava com Deus” (Gênesis 6:9). Em suma, Noé foi fiel.

Pela fé ele:

- Confiou no aviso de Deus sobre o que estava por vir

- Protegeu sua família

- Preparou a arca

E por causa de sua obediência, Deus o salvou e outros sete (sua esposa e três filhos e suas esposas), e daquela pequena tripulação, repovoou a terra.

Séculos mais tarde, o escritor de Hebreus destacaria o caráter de Noé: “Pela fé Noé, divinamente avisado das coisas que ainda não se viam, sendo temente a Deus, preparou uma arca para o salvamento da sua família; e por esta fé condenou o mundo, e tornou-se herdeiro da justiça que é segundo a fé” (Hebreus 11:7).

Noé manteve seus olhos em Deus apesar do mal e da depravação ao seu redor. Ele não era um homem perfeito, de forma alguma, mas protegeu sua família, permaneceu fiel ao seu Criador e executou o que Deus o encarregou de fazer. Sim, a história da arca de Noé é uma divertida história infantil, mas traz uma lição profunda sobre como a fé inabalável de uma pessoa pode impactar gerações.

O ponto principal? Deus abençoa e protege aqueles que ouvem e obedecem a Deus.

3. Um Pai Terreno Com Uma Tarefa Divina

Versículo-chave: “E como José, seu esposo, era justo, e não a queria infamar, intentou deixá-la secretamente” (Mateus 1:19)

José é conhecido como o homem comprometido, noivo de Maria e pai do menino Jesus, que não era biologicamente dele (Mateus 1:18). A Bíblia não oferece muitas informações sobre José — na melhor das hipóteses, algumas referências.

Mas lendo nas entrelinhas, José possui um traço de caráter que muitas vezes perdemos. Considere o que sabemos.

A. Ele obedeceu a Deus inabalavelmente.

Várias vezes José recebeu em sonho a visita do anjo do Senhor, que o instruiu a fazer algo difícil. Ele é ordenado a ficar com Maria, grávida de uma criança que não é sua, e mais tarde instruído a fugir com ela e a criança para o Egito. Observe sua obediência inabalável:

22 Ora, tudo isso aconteceu para que se cumprisse o que fora dito da parte do Senhor pelo profeta: 23 Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, o qual será chamado EMANUEL, que traduzido é: Deus conosco. 24 E José, tendo despertado do sono, fez como o anjo do Senhor lhe ordenara, e recebeu sua mulher; 25 e não a conheceu enquanto ela não deu à luz um filho; e pôs-lhe o nome de JESUS” (Mateus 1:22–25)

13 E, havendo eles se retirado, eis que um anjo do Senhor apareceu a José em sonho, dizendo: Levanta-te, toma o menino e sua mãe, foge para o Egito, e ali fica até que eu te fale; porque Herodes há de procurar o menino para o matar. 14 Levantou-se, pois, tomou de noite o menino e sua mãe, e partiu para o Egito” (Mateus 2:13-14)

Alguns anos depois, José teve mais dois sonhos — um informando-o de que era seguro deixar o Egito (vv. 19-21) e outro instruindo-o sobre onde se estabelecer: na Galileia (v. 22). Todas as quatro vezes ele obedece sem questionar.

B. Ele era um homem justo - apesar de enfrentar a humilhação entre seu próprio povo.

Embora ele não pretendesse ficar com Maria depois de saber de sua gravidez, seu plano de deixá-la secretamente partiu de um coração compassivo que queria protegê-la. Observe que Mateus 1:19 nos diz que:

“E como José, seu esposo, era justo, e não a queria infamar, intentou deixá-la secretamente” (Mateus 1:19)

A tradução da NVT diz que José não queria “envergonhá-la” e então decidiu “romper a união em segredo”. Sua justiça era em relação à sua observância da lei (Deuteronômio 22:13-31; veja também Lucas 1:6), e embora existam algumas maneiras de interpretar esse versículo, alguns comentaristas consideram José - como um bom judeu observante da Torá. – afirmaria esse zelo pela lei, tornando-a uma desgraça pública. (Por lei, ele poderia se divorciar legalmente dela por sua “indecência” [Deuteronômio 24:1]).

No entanto, José escolheu proteger sua reputação.

C. Ele amava Jesus.

Embora a Bíblia nunca diga isso diretamente, considere a história familiar em Lucas 2:47-50. Maria e José começaram seu retorno para casa em Nazaré de Jerusalém depois da Páscoa, mas logo perceberam que haviam perdido o rastro de Jesus. Eles voltam para Jerusalém e o encontram sentado entre os mestres no templo, ouvindo e fazendo perguntas (v. 46). Maria diz: “Filho, por que procedeste assim para conosco? Eis que teu pai e eu ansiosos te procurávamos” (v. 48) – ao que Jesus diz: “Por que me procuráveis? Não sabíeis que eu devia estar na casa de meu Pai?” (v. 49).

Jesus corrige Maria e se refere ao seu verdadeiro Pai, um ponto crítico da história. Mas não devemos perder a dor profunda que José experimentou quando não conseguiu encontrar o Filho adotivo que Deus havia confiado a ele.

Embora seja provável que José não tenha vivido o suficiente para ver o ministério público de Jesus (esta é a última vez que a Bíblia menciona José, e as Escrituras não registram nada que indique o contrário), Deus escolheu esse homem íntegro para ser o pai terreno. a seu Filho Jesus - uma tarefa de bastidores difícil que ainda assim José abraçou.

O ponto principal? Deus honra a integridade.

4. Um Sogro Ousado Que Deu Conselhos Sábios

Versículo chave: “O sogro de Moisés, porém, lhe replicou: Não é bom o que fazes. certamente desfalecerás, assim tu, como este povo que está contigo; porque isto te é pesado demais; tu só não o podes fazer” (Êxodo 18:17-18)

Jetro é um daqueles personagens da Bíblia que tendemos a encobrir – e ainda assim seu envolvimento na vida de seu genro – e na vida da nação de Israel – foi primordial.

Os israelitas estavam acampados abaixo do Monte Sinai, sustentados com porções diárias de codornas e maná. O sogro de Moisés e sacerdote de Midiã, Jetro, observa as atividades diárias ininterruptas de Moisés – julgando disputas entre seu povo de manhã à noite sem delegar responsabilidades. Havia tantas pessoas descontentes que as Escrituras dizem que “o povo estava em pé junto de Moisés desde a manhã até a tarde” (v. 13). Imagine o caos!

Jetro observa tudo isso com preocupação e pergunta: “Que é isto que tu fazes ao povo? por que te assentas só, permanecendo todo o povo junto de ti desde a manhã até a tarde?” (v. 14), ao que Moisés responde: “É por que o povo vem a mim para consultar a Deus. Quando eles têm alguma questão, vêm a mim; e eu julgo entre um e outro e lhes declaro os estatutos de Deus e as suas leis” (vv. 15-16).

Moisés estava a caminho do esgotamento, e Jetro não podia ficar parado e assistir. Ele diz:

17 Não é bom o que fazes. 18 certamente desfalecerás, assim tu, como este povo que está contigo; porque isto te é pesado demais; tu só não o podes fazer. 19 Ouve agora a minha voz; eu te aconselharei, e seja Deus contigo: sê tu pelo povo diante de Deus, e leva tu as causas a Deus; 20 ensinar-lhes-ás os estatutos e as leis, e lhes mostrarás o caminho em que devem andar, e a obra que devem fazer. 21 Além disto procurarás dentre todo o povo homens de capacidade, tementes a Deus, homens verazes, que aborreçam a avareza, e os porás sobre eles por chefes de mil, chefes de cem, chefes de cinquenta e chefes de dez; 22 e julguem eles o povo em todo o tempo. Que a ti tragam toda causa grave, mas toda causa pequena eles mesmos a julguem; assim a ti mesmo te aliviarás da carga, e eles a levarão contigo. 23 Se isto fizeres, e Deus to mandar, poderás então subsistir; assim também todo este povo irá em paz para o seu lugar” (Êxodo 18:17-23)

Moisés poderia ter dispensado seu sogro e continuado julgando entre as pessoas, e provavelmente acabar frustrado. Mas ele não - ele humildemente ouve e age de acordo com o sábio conselho de Jetro. O versículo seguinte torna-se a dobradiça para o que levaria à “estratégia para Israel governar a si mesmo”:

“E Moisés deu ouvidos à voz de seu sogro, e fez tudo quanto este lhe dissera” (v. 24)

Moisés ouve a sabedoria de Deus (mediada através de Jetro – um estranho a Israel), escolhe anciãos sábios entre a nova nação e os estabelece como líderes (ou “juízes”) sobre o povo. Eles ouvem as disputas menores, enquanto Moisés decide apenas os casos mais críticos – e a obra redentora de Deus para Israel “expandiu-se para a obra de justiça entre seu povo”.

A história de Jetro e Moisés é um belo exemplo da intenção de Deus para o corpo trabalhar em conjunto, cada pessoa usando os dons que Deus deu, como Paulo ensina em 1 Coríntios 12. Deus “assim formou o corpo, dando muito mais honra ao que tinha falta dela, para que não haja divisão no corpo, mas que os membros tenham igual cuidado uns dos outros” (vv. 24-25).

O ponto principal? Deus dá às pessoas diferentes responsabilidades como parte do corpo para proteger o indivíduo do esgotamento e realizar o trabalho necessário para que seu plano progrida.

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