A Videira Verdadeira

A Videira Verdadeira
Normalmente, todo trabalho tem em vista um resultado. Uma empresa trabalha para alcançar lucro; um time de futebol para ganhar títulos; um estudante para ser aprovado. No Reino dos céus não é diferente. Deus Pai espera que seus filhos lhe apresentem um resultado, que também pode ser chamado de fruto.

Pergunta: Qual o resultado que Deus Pai espera que seus filhos lhe apresentem?

Jesus utilizava-se de metáforas, analogias e comparações, além de ilustrações e parábolas, para ensinar os princípios do Reino de Deus. Neste texto bíblico, ele faz uso de uma metáfora baseada na viticultura, objetivando tratar sobre o resultado que Deus Pai espera de seus filhos.

Texto-base: João 15:1-8
Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. Todo ramo que, estando em mim, não dá fruto, ele corta; e todo que dá fruto ele poda, para que dê mais fruto ainda. Vocês já estão limpos, pela palavra que lhes tenho falado. Permaneçam em mim, e eu permanecerei em vocês. Nenhum ramo pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira. Vocês também não podem dar fruto, se não permanecerem em mim. Eu sou a videira; vocês são os ramos. Se alguém permanecer em mim e eu nele, esse dá muito fruto; pois sem mim vocês não podem fazer coisa alguma. Se alguém não permanecer em mim, será como o ramo que é jogado fora e seca. Tais ramos são apanhados, lançados ao fogo e queimados. Se vocês permanecerem em mim, e as minhas palavras permanecerem em vocês, pedirão o que quiserem, e lhes será concedido. Meu Pai é glorificado pelo fato de vocês darem muito fruto; e assim serão meus discípulos.
Pergunta: Quais são as personagens dessa metáfora?

Essa metáfora nos apresenta quatro personagens: a videira verdadeira, o agricultor, os ramos e os frutos. A videira verdadeira é Jesus.

Pergunta: Por que Jesus é chamado de videira verdadeira?

Antes de Jesus ser chamado de videira, o povo de Israel o foi. Assim, Deus tinha a expectativa de que seu povo lhe apresentasse um resultado, ou frutos. Contudo, Israel falhou nisso, sendo infrutífera. Por isso, esse título lhe foi tirado e dado a Jesus, o qual se auto-intitulou videira verdadeira, pela convicção de que apresentaria ao Pai os frutos desejados.

Continuando a identificação das personagens, o agricultor é o Pai e os ramos são os discípulos de Jesus, ou os filhos de Deus. E os frutos? O que são os frutos?

Pergunta: Em sua opinião, o que são os frutos da metáfora?

Vamos desenvolver uma linha de raciocínio simples. Em linguagem popular, se Jesus é a videira, podemos dizer que ele é um “pé”, como um pé de laranja, por exemplo. O que um pé de laranja dá? Laranjas! E um pé de manga? Mangas! E um pé de uva? Uvas! E um pé de Jesus? Apesar de estranha, seguindo a linha de raciocínio, a resposta é Jesuses. Assim, os frutos da metáfora são Jesuses.

Pergunta: Quais são as funções de cada personagem? De quem é a função de produzir os frutos?

Assim como os ramos é que produzem os frutos, a função de produzir Jesuses não pertence ao Pai nem ao próprio Jesus, mas aos discípulos. Os discípulos é que devem produzir Jesuses. Como? De duas maneiras: em si mesmos e através de si mesmos. Produzir Jesus em si mesmo quer dizer ter um caráter e uma conduta como a de Jesus, ou seja, ser, de fato, um discípulo dele, permanecendo nele e imitando-o. Já produzir Jesuses através de si mesmo diz respeito a fazer de outras pessoas discípulas de Jesus, testemunhando e levando-as a seguí-lo.

E quanto às funções das demais personagens? A produção de Jesuses é o foco dessa metáfora. Por isso, as funções do Pai e do próprio Jesus estão voltadas para isso. O Pai, enquanto agricultor, cuida externamente dos discípulos, providenciando o necessário para que frutifiquem. Jesus, enquanto videira, provê internamente os discípulos, fornecendo-lhes o necessário para que frutifiquem.

Pergunta: Qual o cuidado providenciado pelo Pai aos discípulos para que frutifiquem?

Uma das ferramentas mais importantes de um agricultor é a tesoura de poda. Com ela, ele cuida dos ramos, fazendo- lhes cortes profundos ou superficiais. Os cortes profundos são necessários quando um ramo se encontra infrutífero, possivelmente por defeitos ou entupimentos em seus vasos condutores. Nesses casos, corta-se o ramo em sua origem, para que seja extraído quase que inteiramente, e um novo ramo saudável tenha a oportunidade de ser formado. Já os cortes superficiais são chamados de poda. A poda é necessária para que um ramo frutífero assim permaneça e até aumente a sua produção. Com o tempo, a substância responsável pela frutificação do ramo cristaliza-se em sua ponta, impedindo o seu próprio fluxo. A poda, então, extrai essa ponta em processo de cristalização, possibilitando que uma nova ponta seja formada. Nos dois casos de corte, o que o agricultor tem em mente é a renovação do ramo, de modo que ele seja, se mantenha ou seja ainda mais frutífero.

Os cortes que o Pai faz nos discípulos para que sejam frutíferos podem ser entendidos, de modo geral, como disciplinas. Veja o texto de Hebreus 12:4-11:
Na luta contra o pecado, vocês ainda não resistiram até o ponto de derramar o próprio sangue. Vocês se esqueceram da palavra de ânimo que ele dirige a vocês como a filhos: “Meu filho, não despreze a disciplina do Senhor nem se magoe com a sua repreensão, pois o Senhor disciplina a quem ama, e castiga todo aquele a quem aceita como filho”. Suportem as dificuldades, recebendo-as como disciplina; Deus os trata como filhos. Ora, qual o filho que não é disciplinado por seu pai? Se vocês não são disciplinados, e a disciplina é para todos os filhos, então vocês não são filhos legítimos, mas sim ilegítimos. Além disso, tínhamos pais humanos que nos disciplinavam e nós os respeitávamos. Quanto mais devemos submeter-nos ao Pai dos espíritos, para assim vivermos! Nossos pais nos disciplinavam por curto período, segundo lhes parecia melhor; mas Deus nos disciplina para o nosso bem, para que participemos da sua santidade. Nenhuma disciplina parece ser motivo de alegria no Pergunta: Qual a provisão fornecida por Jesus aos discípulos para que frutifiquem?momento, mas sim de tristeza. Mais tarde, porém, produz fruto de justiça e paz para aqueles que por ela foram exercitados.
Pergunta: Qual a provisão fornecida por Jesus aos discípulos para que frutifiquem?

Para que os ramos frutifiquem, eles precisam receber da videira a chamada seiva elaborada. Nela estão todos os nutrientes e hormônios de que os ramos precisam para dar frutos. O curioso é que a seiva elaborada não pode ser vista por quem observa a videira. Ela corre da videira para os ramos por vasos condutores internos. Sabe-se que ela está presente a agindo por causa dos frutos que aparecem.
Qual é a seiva elaborada dada por Jesus aos seus discípulos? Trata-se do Espírito Santo. Ele é tudo o que os discípulos precisam para dar frutos. É dele o fruto que gera no discípulo o caráter e a conduta de Jesus e são deles os dons que fazem com que o discípulo gere outros discípulos de Jesus.

Conclusão: Podemos concluir que toda a Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo) está em ação para que os discípulos de Jesus sejam frutíferos. O desejo de Deus é que eles apresentem frutos e, por isso, trabalha arduamente para que isso aconteça, nutrindo, disciplinando e esperando o tempo necessário para que os frutos apareçam e amadureçam.

Se somos de fato seus discípulos, então estamos aqui para cumprirmos a vontade de Deus e trazermos glória para o seu nome através de uma vida frutífera.

O segredo é permanecer em Cristo, palavra que aparece dez vezes. Este é o pensamento central de Jesus. O segredo para uma vida frutífera e transbordante não é fazer mais por Jesus, mas estar mais com Jesus. Permanecer em Cristo é vital para produzir fruto, pois ele disse “Nenhum ramo pode dar fruto por si mesmo … pois sem mim vocês não podem fazer coisa alguma” (v. 4,5). Fora da videira o ramo é estéril, é inútil. Contudo, quando o ramo está ligado à videira, sendo podado na hora certo, ele produz muito fruto.

Pergunta: A partir disso, quais são os tipos de discípulos que podem existir?

Tomando por base os tipos de ramos, podemos dizer que existem pelo menos três:
  1. Ramo desconectado, ou o não-discípulo;
  2. Ramo infrutífero, ou o discípulo infrutífero;
  3. Ramo frutífero, ou o discípulo frutífero.
Pergunta: Qual é a vontade de Deus para cada um desses tipos?

  1. Que seja conectado à videira e dê fruto, ou que se torne um discípulo de Jesus e dê fruto. Para isso, é necessária a conversão a Cristo;
  2. Que seja frutífero e, para isso, disciplinas e nutrientes serão necessárias;
  3. Que permaneça e seja ainda mais frutífero. Este é o desejo do Pai para todos os discípulos de Jesus, que produzam muito fruto. Para isso, provações e disciplinas poderão ser necessárias.

Pergunta: Em qual desses tipos você se encaixa? O que precisa fazer para que a vontade de Deus se realize em sua vida?

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