Texto: Atos 5.1-16
No capítulo 4 do Livro de Atos, lemos uma narrativa tremenda acerca da igreja primitiva: TODOS TINHAM UM SÓ CORAÇÃO, UM SÓ PENSAMENTO, UMA SÓ MENTE. O SENHOR FAZIA MILAGRES, SINAIS E PRODÍGIOS POR MEIO DOS APÓSTOLOS.
Atos 4:32 diz que existia uma multidão que cria, que acreditava, que recebia, que tinha generosidade; era uma geração benévola. A Igreja estava descobrindo a sua prosperidade e, nessa rota, começou a crescer e ficar rica. Não havia necessidade alguma entre os fiéis.
Benevolência e generosidade: características do homem próspero
A Igreja primitiva ficou rica e não havia dentre eles nenhum necessitado. Isso foi possível porque aquela geração foi generosa e benévola. Os ricos repartiam seus bens e supriam os necessitados. E, aqueles que tinham pouco eram fiéis no pouco que tinham e o Senhor os colocava sobre o muito (Mt 25:21). Se você quiser entrar no muito do Senhor, honre-o no pouco. Muitas vezes as pessoas dizem que não ofertam ou não ajudam alguém porque têm pouco, mas precisam aprender a serem fiéis no pouco para adquirirem muito. A Igreja de Jesus nasceu com um caráter generoso, benévolo e fiel e por isso zerou a necessidade do povo.
Benevolência e generosidade fazem parte do currículo de quem quer ser próspero. A pessoa benévola é alguém que tem a graça e a pessoa generosa tem misericórdia e socorro. A Igreja nasceu e a sua necessidade no início era sinais, milagres, prodígios e maravilhas. Isso era o que a Igreja queria. Mas, Deus lhes deu muito mais. O Senhor lhes deu riquezas que cada fiel soube administrar e repartir. Vemos essa verdade personificada numa pessoa chamada Barnabé ou José da consolação. A Igreja começou a ser consolada, pois não havia entre o povo u necessitado sequer.
Infidelidade: a arma do inimigo
A igreja primitiva crescia em todos os níveis, porém Satanás entrou no contra-ataque e pegou numa equipe pessoas conhecidas dos apóstolos para minarem a essência do sagrado, para contaminarem os dízimos e as ofertas que estavam sendo trazidas. O Espírito Santo disse a Pedro: Ananias e Safira mentem a ti (At 5:3). Era tanta oferta que Pedro poderia apenas admoestar o casal. Quando alguém rouba a Deus, quem denuncia? O Espírito Santo. O Espírito Santo não quer um templo sujo e o que mantém o templo limpo é a fidelidade. O nosso templo só ficará limpo pela fidelidade. Você é dizimista? Você é ofertante? Não adianta mentir, pois o Espírito Santo lhe conhece.
Nesse contexto, Ananias personificava a infidelidade. Ao mesmo tempo em que existia José da Consolação que personificava a igreja generosa, benévola, dos milagres, existia Ananias, a personificação da infidelidade. O capítulo 4 de Atos fala das vitórias, e o capítulo 5 fala do contra-ataque. Satanás sempre trabalhará para fazer com que você minta acerca dos dízimos e das ofertas, que não lhe pertencem, mas pertencem ao Senhor. O inimigo vai tentar lhe enganar, porque se ele conseguir fazer com que você não entregue o dízimo, ou entregue apenas uma parte - o que não adianta - ele estará lhe prendendo na infidelidade.
Se você financia um carro em 12 vezes e diz que vai pagar apenas a primeira, a quinta, a décima e a décima segunda prestações, você não pode dizer que quitou o seu carro. Nesse momento, já haverá oficial de justiça atrás de você.
Você pode enganar ao líder de célula, a quem quer que seja, mas no céu, só existem duas definições: ou é fiel, ou é ladrão (Ml. 3:7-8). E, lugar de ladrão é na cadeia. É por isso que muitas pessoas vivem em prisões. Mas, o livro de Naum nos diz que o Senhor será uma fortaleza no dia da angústia, romperá nossas cadeias e não sofreremos a mesma angústia duas vezes (Na 1.7). Mas, para sair da prisão, é preciso pagar a fiança. Nesse caso, pagar a fiança é se reconciliar com a fidelidade, para que a escrita "ladrão" que está nos céus da cabeça do infiel, seja apagada.
Morte: resultado da infidelidade
O resultado do espírito de Ananias é a morte. A Bíblia não diz que Ananias morreu porque não entregou o dízimo e a oferta, mas porque mentiu ao Espírito Santo. Muitos de nós fazemos algumas coisas e, cinicamente, mentimos ao Espírito Santo, porque o nosso coração ainda não é liberto. Precisamos honrar o Espírito Santo. Quando não entregamos o dízimo e a oferta, estamos mentindo ao Espírito e não ao nosso líder.
O infiel morre e o cúmplice também. Mas, quem enche de dúvida o coração do dizimista? SATANÁS. Proponha no seu coração não mentir a Deus, não mentir ao Espírito e não ser cúmplice de ladrões. Só o diabo trabalha para alguém não ser dizimista, porque ele sabe que o dizimista é uma ameaça para o inferno, é prejuízo para o reino das trevas.
O inimigo encheu o coração de Ananias e Safira para fazer nascer uma geração de enganadores. Se, na época, a comunidade absorvesse o exemplo de Ananias e Safira, entraria, em toda a história da Igreja, o espírito de engano maligno para deixar a igreja pobre. Mas, pelo contrário, quando eles mentiram ao Espírito Santo, toda a comunidade viu a conseqüência deste pecado, e entrou o temor de Deus. Isso ficou registrado para que a igreja de Jesus não permitisse que o coração se enchesse do conselho do diabo.
Fidelidade: marca do filho legítimo
A dúvida, o medo e a insegurança são espíritos malignos, conselheiros do inferno na nossa audição para tentar nos tirar do propósito de Deus. Porém, o nosso ouvido está selado para receber a palavra de fé, porque "A FÉ VEM PELO OUVIR, E O OUVIR PELA PALAVRA DE CRISTO" (Rm. 10:7). Os seus ouvidos devem ouvir a Palavra de Cristo, palavras ungidas, palavra de fé, de ânimo, de libertação, de zelo, de benevolência.
Assim como o Espírito Santo ministrou consolação pela fidelidade, satanás queria trazer angústia pela infidelidade. Mas, prevaleceu o Espírito Santo do Senhor. Satanás não tem direito de encher o seu coração de engano. Dê um basta nisso! Sele a fidelidade do Senhor no seu coração.
Peça perdão ao Espírito Santo por ter pecado e por ter seguido o conselho do inimigo. Declare que você é fiel e aja como um filho legítimo. Decida não fazer história com Ananias e Safira, decida ser fiel e não ser cúmplice do pecado. Una seu coração à fidelidade, aos sinais, prodígios e maravilhas, para que a consolação venha para a igreja, juntamente com a benevolência e a generosidade.
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Ap. Renê Terra Nova