O Ministério Cristão IV

Estudo 4 – Os Pastores e Mestres

Texto base: Efésios 4:7-13

Textos para meditação semanal:

2a. Feira: 1Tm 5:17

3a. Feira: 1Tm 3:2; 2Tm 2:24

4a. Feira: Sl 23:4; 80:1,2

5a. Feira: Hb 13:20

6a. Feira: Is 40:11

Sábado : Hb 13:7,17

Texto-Chave: “Portanto, ide, ensinai todas as nações (…) ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado…” Mt 28:19,20

 

Introdução

Os pastores e mestres compõem o quarto e o quinto grupo de líderes espirituais da igreja, cujas características mostram sua grande importância no tocante ao ensino e condução do rebanho de Deus.

 

I – Pastores ou Mestres?

No texto de Efésios 4:11 o sentido da palavra “mestre” não se encontra muito bem definido, como que parecendo ser sinônimo de pastor. Entretanto, outras passagens dão conta de que haviam atividades que definiam esses dois ministérios na igreja.

Considerando certos detalhes, autoridades na matéria atestam sempre ter havido pastores e mestres nas igrejas, mas de tal modo que pode haver mestres que não sejam pastores, enquanto que não pode haver pastores que não sejam mestres, conforme vemos nas palavras de Paulo a Timóteo: “É necessário, pois, que o bispo seja… apto para ensinar” (1Tm 3:2). Em igrejas que tem vários presbíteros trabalhando, alguns podem possuir o dom de liderança, sem no entanto serem mestres (1Tm 5:17), entretanto, o verdadeiro pastor sempre é um mestre (veja-se 1Tm 5:17b). Paulo ao aconselhar Timóteo ensinou que eram dignos de dupla honra os presbíteros que governam bem, mas “principalmente os que trabalham na palavra e no ensino” (2Tm 2:24).

1 – Sobre os Pastores

A figura do povo de Deus como rebanho apascentado pelo Senhor foi registrado nas Escrituras como um laço afetivo entre as duas partes desde tempos remotos (Sl 23:4; 80:1,2; Is 40:11; Jr 23:4; 25:34-38; Ez 34; Zc 11).

No NT vemos Cristo assumindo a posição de “bom pastor”(Jo 10) e sendo reconhecido como “grande pastor”(Hb 13:20), além de ter herdado o título profético de “verdadeiro pastor”(Is 40:11) e “supremo pastor”(1Re 5:4).

A figura do pastor de ovelhas não foi escolhida arbitrariamente – a forma como se porta na condução do rebanho animal quase pode ser aplicada literalmente na condução do rebanho do Senhor, dadas as semelhanças do zeloso condutor e das ingênuas criaturas sob seus cuidados. Como base, nas Escrituras encontramos a palavra “poimen” (“rebanho” no grego) sendo aplicada à igreja, e a palavra “poimaino” (“pastorear” no grego) aplicada ao trabalho do líder espiritual da igreja.

Quanto a natureza da ovelha temos informação de que se trata de um animal que por natureza é propenso a cair em penhascos, ferir-se em buracos e espinhais, sendo muito dependente da vigilância de seu pastor, de quem, ao contrário dos outros animais, reconhece e atende a voz.

Se reunirmos todas essas informações veremos quão digno de respeito e reconhecimento são os pastores do rebanho de Deus (Hb 13:7,17) – pois são homens que receberam de Cristo o dom de apascentar, trabalhando na posição de “sub-pastores” do “supremo pastor”.

Entretanto podem haver pessoas ocupando esse lugar, sem que no entanto estejam cumprindo o ministério ordenado por Cristo (Jr 23:1; Ez 34:2), os quais são responsáveis pelo descrédito que muitas pessoas nutrem contra ele, prejudicando os verdadeiros guardiões do rebanho, acentuando ainda mais sua perigosa exposição às hostes infernais (Mt 26:31).

2 – Sobre os Mestres

A palavra mestre significa literalmente “homem que ensina”, e o ministério do ensino foi notavelmente destacado na grande comissão (Mt 28:19,20). A igreja dos primeiros tempos tinha no ensino uma atividade diária dentro de seu cotidiano: “E todos os dias, no templo e de casa em casa, não cessavam de ensinar, e de pregar Jesus, o Cristo” (At 5:42).

A importância do mestre é realçada pelo dom da palavra de conhecimento concedido pelo Espírito Santo, o que é uma informação importante para quem deseja diferenciá-lo do dom da palavra de sabedoria atribuído aos profetas.

João deixou registrada a origem da unção dos verdadeiros mestres: “E vós possuís unção que vem do Santo, e todos tendes conhecimento” (1Jo 2:20), palavras que atuam mais no campo da erudição, ou seja, da pesquisa e estudo das sagradas letras (2Tm 3:15), do que da revelação repentina e “improvisada” que marca a palavra do profeta – o mestre é usado no esclarecimento e na perfeita interpretação e ciência das Escrituras, enquanto que o profeta é usado na palavra específica para um certo momento, lugar ou circunstância com o fim de estimular os cristãos de forma mais pessoal e íntima.

Nas Escrituras encontramos que em Antioquia havia uma igreja que possuía um exemplo salutar de equilíbrio entre profetas e mestres (E1), também encontramos referências diretas sobre o ministério do ensino, o qual não era difundido apenas no templo: “E todos os dias, no templo e de casa em casa, não cessavam de ensinar, e de pregar Jesus, o Cristo” At 5:42.

a – Quem são os mestres?

Parece óbvio, mas os mestres são aqueles que ensinam na igreja. Entretanto, não podemos permitir que o sentido aparentemente vulgar da frase oculte um poderoso instrumento de Deus na igreja local.

O mestre ao qual nos referimos não se resume a alguém que possui uma credencial de professor, líder de departamento, diácono, presbítero ou mesmo pastor, os quais tenham sido “encaixados” na função de ensinadores.

Estamos estudando aqui aquele que recebeu de Cristo o dom do ensino, o qual não depende de circunstâncias ou credenciais. Como todos os demais dons, o ensino é uma virtude que emana naturalmente daquele que recebe o impulso de multiplicar o conhecimento e as revelações de Deus aos outros irmãos.

Em qualquer lugar, tempo ou circunstância, aquele que recebeu o dom do mestrado estará ensinando, mesmo que tenha se convertido há pouco tempo, e seu esforço se concentra sempre em aprimorar sua atividade ou métodos de expor o que o Senhor lhe tocou a ensinar.

b – Qual a importância do mestrado na igreja?

O ensino prepara e conscientiza o indivíduo a trabalhar de forma mais segura e mais perfeita em qualquer esfera de atuação humana. Isso se aplica também à igreja, e de tal modo que o escritor aos hebreus demonstrou pesar pelo pouco preparo dos irmãos à compreensão das escrituras (Hb 5:12).

 

Conclusão

Finalizamos aqui nossa série de pequenos estudos sobre os dons de Cristo, resumindo que os mesmos se encontram em perfeita harmonia dentro da igreja, complementando-se mutuamente no sustento e na edificação da mesma: “Apóstolos e evangelistas têm a tarefa específica de plantar a igreja em cada lugar, profetas a de trazer uma palavra específica de Deus para uma dada situação. Os pastores e mestres são dotados para assumirem a responsabilidade pela edificação da Igreja dia a dia” (E2).

Perguntas para Revisão

1. Existe distinção entre pastores e mestres? Como?

2. Dê uma passagem bíblica onde vemos a imagem do pastor e do rebanho relacionada ao Senhor e seu povo.

3. Quem são os pastores na igreja?

4. Quem são os mestres na igreja?

5. Qual a harmonia dos cinco dons de Cristo na igreja?

Autor: Igreja Evangélica Batista

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