O Ministério Cristão III

Estudo 3 – Os Evangelistas

Texto base: Efésios 4:7-13

Textos para meditação semanal:

2a. Feira: Atos 21:8

3a. Feira: Efésios 4:11

4a. Feira: 2 Timóteo 4:5

5a. Feira: Marcos 16:17,18

6a. Feira: Atos 8:39,40

Sábado : Atos 8:5-13

Texto-Chave: “… sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra dum evangelista, cumpre o teu ministério” 2 Tm 4:5

 

Introdução

O evangelista é mais um dos líderes espirituais da igreja, o qual, na nossa opinião se diferencia dos outros num ponto que lhe é extremamente peculiar: pregar aos que ainda não conhecem. Acreditamos que esta seja uma das lições mais interessantes que estaremos cursando desta série de quatro.

 

I – A História

No NT a palavra evangelista aparece apenas três vezes (At 21:8; Ef 4:11; 2Tm 4:5), mas seu significado deixa transparecer sua principal característica.

Em Atos 21:8 encontramos o único homem chamado explicitamente de evangelista – Filipe, embora homens influentes da igreja primitiva como Timóteo (2Tm 4:5), Lucas (2Co 8:18), Clemente (Fp 4:3) e Epafras (Cl 1:7; 4:12) apareçam no NT como homens que talvez tenham exercido esse cargo.

Em Efésios 4:11 encontramos Paulo declarando ser o evangelista um dos ministérios de dons para a igreja.

 

II – O Significado

A forma original desta palavra é “evangelistes” que significa “alguém que proclama boas novas”. Desta forma, autoridades no ensino da Palavra aceitam que o evangelista é “aquele que se dedica inteiramente a pregar o evangelho pelo anúncio das boas novas”, isto é, ele é um especialista em pregar aos ímpios – aqueles que não seguem a Jesus (ainda que já tenham ouvido falar).

 

III – O Trabalho

A passagem que melhor descreve a atividade de um evangelista está em Atos 8:5-13, e dela é que podemos tirar os principais pontos que caracterizam esse maravilhoso cargo na igreja de Cristo:

1 – Filipe deixou a igreja em Jerusalém para descer até Samaria, para uma única coisa: pregar a Cristo. Vemos que mesmo sendo um dos apóstolos, por ter o dom de evangelista Filipe não se importou em deixar Jerusalém para ir “à campo” em atendimento ao necessitado de salvação.

2 – Sua pregação era confirmada e reforçada pelos sinais de Deus manifestados pelas curas e libertações, o que fazia com que todos lhe ouvissem unanimemente. Os sinais de Deus permeiam a vida de todos os obreiros legítimos por ordem e profecia do próprio Cristo (Mc 16:17,18).

3 – Seu dom lhe possibilitava falar a multidões ou a indivíduos, pois deixando Samaria, Deus o dirigiu à carruagem do eunuco etíope que ao final da pregação pediu que fosse batizado. Essa característica demonstra que o evangelista é um pregador dedicado – sua paixão pelas almas o faz apto a falar de Jesus onde e a quem for possível, seja a um indivíduo, uma grande multidão ou a cidades inteiras.

4 – Filipe não foi um homem que se considerou realizado apenas com a pregação à cidade de Samaria – um evangelista não pára de pregar a salvação – em Atos 8:39, 40 vemos que ele foi levado de cidade em cidade pelo Espírito, inclusive por arrebatamento.

5 – Atos 8:4 mostra que em resposta à perseguição que se desatou em Jerusalém, Deus despertou os que foram dispersos, à obra, como evangelistas. Essa passagem registra que estes “iam por toda parte anunciando a palavra”, mostrando o fervor que impulsiona esse pregador por excelência.

 

IV – O Ministério

O Evangelista se aproxima bastante do missionário (Apóstolo) no tocante a ter sua área de trabalho fora de sua igreja, embora os resultados sejam direcionados para ela. A diferença está em que o trabalho do apóstolo resulta na maioria das vezes na fundação de uma igreja, enquanto que a do evangelista é a de sair “ao mar alto” para buscar um ou muitos para o Caminho, resulte o trabalho numa nova igreja ou em novos membros para a sua ou outra igreja local.

Poderíamos ilustrar o ministério desse homem de Deus como o caçador que vai mata adentro atrás da caça – ao contrário dos outros ministérios, que atuam dentre os cristãos se assemelhando àqueles caçadores que esperam a caça chegar até onde eles estão ou onde prepararam a armadilha. Todos esses são os caçadores de almas que contrariam a ilustração apenas num detalhe: caçam para fazer viver e não para matar.

Um grande historiador do século IV deixou anotado sobre o evangelista: “E eles espalharam as sementes salvadoras do reino do céus por toda a parte, através do mundo inteiro… A seguir, partindo para longas jornadas, desempenharam o cargo de evangelistas, cheios de desejo de pregar Cristo aos que não haviam ainda ouvido a palavra de fé” (Eusébio)

 

V – A Cautela

Todo aquele que exerce um dom Divino é consciente dos riscos que corre por atuar diante do povo, especialmente o de ensoberbecer-se. O evangelista não é exceção, especialmente quando ele próprio não entende muito bem o que é ser um evangelista.

Vemos hoje alguns que ostentam esse título cujas atividades não passam de uma “profissão perigo” no meio dos cristãos, pois, passando a maior parte do tempo ausente de suas igrejas locais vivem de igreja em igreja, não por compunção do Espírito, mas simplesmente por atender a convites de pregação, as quais sempre lhe rendem prestígio e elogios não importando a situação de sua vida particular ou espiritual. Assim, sem perceber, passa a armazenar e supor em sua mente que sua “fama” deve-se a aprovação de Deus a seus atos, e muitos se têm por aprovados em plena vida de pecado.

Entretanto, isso não significa que um verdadeiro evangelista não atenda a convites, mas certamente a dedicação e apresso que seu dom lhes traz pelo ímpio que não conhece a Jesus, não lhe dará muito tempo para falar a auditórios cheios de crentes, por questão de prioridade.

 

VI – Quem são os evangelistas hoje?

Os evangelistas são aqueles cuja atividade se encaixa na descrição acima (item IV). Nos diversos ministérios que compõem a fé evangélica, o evangelista possui maior ou menor projeção na vida ministerial das igrejas locais. Entretanto, sendo o evangelista um dom e não uma credencial, em qualquer ministério divinamente inspirado este dom sempre acha seu campo de trabalho, e de fato tem se manifestado desde cedo na vida de muitos homens e mulheres (E1).

 

Conclusão

O evangelista é em última análise um enviado de Deus, que age do lado de fora da cerca do aprisco, como que numa operação militar de assalto, sem abandoná-lo, pois se o fizer deixará de ser um líder entre os seus semelhantes, e portanto não estará enquadrado nesse dom de Cristo.

Perguntas para Revisão

1. Qual foi o único homem chamado explicitamente de evangelista no NT?

2. O que significa a palavra evangelista?

3. Qual a passagem bíblica que melhor descreve a atividade de um evangelista?

4. Qual a diferença entre o ministério de um evangelista e o de um missionário?

5. Qual foi a cautela que apontamos necessária àqueles que exercem o evangelismo de liderança?

Autor: Igreja Evangélica Batista

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