Dai-lhes vós de comer

Texto: Lucas 9:10-17

Introdução: Os discípulos voltavam de sua primeira missão como evangelistas e estavam extasiados com os resultados obtidos. Era momento de contar as bênçãos, por isso Jesus os levou a um lugar àparte onde eles pudessem curtir aquele momento tão singular. É certo que nada supera o momento de contar bênçãos, especialmente porque antes de deixarem suas atividades e seguirem Jesus, eles eram apenas profissionais que sequer podiam imaginar que um dia realizariam feitos tão extraordinários (Lc. 9:1, 2, 6). Acompanhemos o desenrolar do texto.

1. Um descanso merecido (vs. 10). Jesus vendo a empolgação dos discípulos por causa da primeira experiência como evangelista, sabia que, apesar de felizes, estavam exaustos e havia muito o que fazer ainda. O Mestre se preocupa com detalhes pessoais dos discípulos, pois sabe que eles são seres humanos comuns limitados e carentes.

2. O descanso é interrompido por causa de uma necessidade premente: pessoas precisavam de Jesus. Ele as recebe e supre suas necessidades (vs. 11). Jesus nunca deixou de atender os que Lhe procuraram, mesmo que isso custasse o Seu momento de descanso. Ele recebe a multidão e:
a. “Falava-lhes do Reino de Deus”. O Reino de Deus é algo que precisa ser anunciado e buscado pelos cristãos. É por isso que o Senhor começa com o princípio (Mt. 6:33). Reino pressupõe governo, leis e território (Dn 2:35; At. 4:11).
b. “Sarava os que necessitavam de cura”. Jesus não apenas cuidava das questões escatologias do Reino. Ele as socorria nas suas mais básicas necessidades: seus problemas de saúde física e psicológica.

3. Os discípulos aconselham Jesus (vs. 12). Os discípulos voltaram extasiados com o que realizaram em nome e pelo poder de Jesus, mas quando o próprio Jesus trabalhou todo o dia com a multidão, apesar de eles terem estado presentes, não foram capazes de estarem contando as bênçãos. Agora eles queriam desesperadamente que aquelas pessoas tomassem seus rumos porque eles estavam cansados dela.

4. “Dai-lhes vós de comer” (vs. 13). Jesus, ao invés de escutar o “conselho” dos discípulos, manda-os alimentar a multidão. O treinamento que receberam era para esse fim. Eles tinham que aprender que ministério é envolvimento com pessoas.

5. “Não temos meios para alimentar a multidão” (vs. 13b). A resposta dos discípulos era racional: não havia meios materiais para atender uma necessidade tão grande. Mas o ministério cristão é exercido pela fé, não pela capacidade humana, mas divina (Fl 4:19).

6. Entregando o que temos nas mãos do Senhor (vs. 14-16). Assim, eles se referiram aos seus parcos recursos: cinco pães e dois peixes, os quais entregaram nas mãos de Jesus. Cinco pães e dois peixes nas mãos de Jesus são o suficiente para alimentar cinco mil homens. Entreguemos nossas limitações nas mãos do Senhor.

7. Um presente para quem participou ativamente da festa (vs. 17). Quando ousamos entregar as nossas limitações nas mãos do Senhor, as necessidades são supridas e ainda sobram (Ef. 3:20, 21).

Conclusão: O texto nos ensina as seguintes verdades: (i) que quando somos chamados pelo Senhor para determinada obra e obedecemos, vamos desfrutar muitas bênçãos depois. (ii) O Senhor se preocupa com cada detalhe das nossas necessidades e supre-as. (iii) Quando ousamos entregar-Lhe o que temos Ele faz nos prosperar até não faltar mais nada e ainda sobejar.

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