Chame a atenção de Jesus

Dez maneiras de chamar a atenção do mestre – Baseado no Livro de Lucas.

“Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei” – Mateus 11:28.

A pluralidade na forma como pessoas de faixa etária e nacionalidades diferentes, de ambos os sexos chamaram a atenção de Jesus nos leva crer que podemos encontrar um ensino implícito de que cada um pode e deve procurar a sua maneira chamar a atenção do Mestre em busca de socorro sempre presente, pois, qualquer que vai a Ele de maneira nenhuma será lançado fora. Há um convite: Vinde a Mim!

1)  Prostrando-se:

Em Lucas 5:12-14 encontramos um homem coberto de lepra, que ao ver Jesus, PROSTRANDO-SE com o rosto em terra, suplicou-lhe: Senhor, se quiseres, podes purificar-me.

Essa atitude do leproso chamou a atenção de Jesus, mesmo Ele sendo conhecedor da Lei de Moisés e de instruções específicas sobre os leprosos – de que não deveria nem se aproximar dos mesmos - conforme encontrado no capítulo 13 de Levíticos.

No versículo 8 encontramos: “E o sacerdote o examinará, e eis que, se a pústula na pele se tem estendido, o sacerdote o declarará por imundo; é lepra”. Em todos os casos suspeitos eram obrigados ao ISOLAMENTO e a observação. Portanto, o leproso era cerimonialmente considerado impuro, tinha que viver fora das cidades e, ao se aproximar de outras pessoas, deveria gritar “impuro”.

Entretanto, no caso mencionado em Lucas o leproso não gritou “impuro”, antes, se prostrou com o rosto em terra e clamou por sua cura. Ao invés de IMPURO ele clamou CURA-ME!
Jesus, estendendo a mão, tocou-lhe – aparentemente descumprindo a Lei de Moisés – e disse-lhe: Quero, fica limpo!

A Bíblia relata que no mesmo instante lhe desapareceu a lepra. Então, Jesus ordena-lhe que a ninguém comentasse o acontecido, antes, que se apresentasse ao sacerdote e oferecesse o que a Lei de Moisés havia determinado PARA SERVIR DE TESTEMUNHO AO POVO.
Portanto, a primeira maneira que aqui relatamos é de alguém que chamou a atenção de Jesus prostrando-se com o rosto em terra.

O leproso conseguiu a atenção do Mestre e seu pedido foi atendido.
Qual será seu caso? Ainda que seja alguma espécie de “lepra”, Jesus continua sendo o mesmo que detém TODO poder e autoridade para dizer: “Quero, Fica limpo"!
Quem sabe o Senhor só está aguardando que os “dizeres” naturais sejam contrariados com os dizeres da fé para que se alcance o favor do Senhor!

2)  Tirando as telhas

“E eis que uns homens transportaram numa cama um homem que estava paralítico, e procuravam fazê-lo entrar e pô-lo diante dele. E, não achando por onde o pudessem levar, por causa da multidão, subiram ao telhado, e por entre as telhas o baixaram com a cama, até ao meio, diante de Jesus” – Lucas 5:18-19.

As coisas de Deus são loucura para os que se perdem, porém, não devem ser para os que se salvam, não é mesmo?

Certamente você já ouviu falar várias vezes isso, assim como eu já ouvi. Ouvir é uma coisa, passar pela situação que comprove a veracidade do fato é outra.

Às vezes Deus permite que passemos por vales áridos para que seja possível que verifiquemos "in loco" que Ele pode fazer: transformar o vale árido num manancial.

Jesus – somente Jesus TRAZ libertação de fato e de verdade para vida de uma pessoa
No versículo 18 de Lucas 5 percebemos que aquele homem ESTAVA paralítico. NÃO ERA paralítico!

O que nos tem paralisado? Tirado nossas forças? Nos desanimado? Desacreditado?
Logo em seguida, no versículo 19 aqueles homens TIRARAM AS TELHAS. Isso chamou a atenção do Mestre a tal ponto que Ele replicou: “E, vendo ele a fé deles, disse-lhe: Homem, os teus pecados te são perdoados”. (v.20).

Esse modo de “chamar a atenção” do Mestre dá trabalho – exige esforço – ousadia, mas, igualmente dá resultado.
Quais são as telhas que precisamos tirar em nossas vidas para descermos diante de Jesus? Para chamarmos Sua atenção?

Quando chamamos a atenção de Jesus, Ele vai logo ao ponto nevrálgico da questão.  O PECADO - A verdadeira razão da paralisia daquele homem! O Senhor identificou e começou trata-lo pelo seu maior problema. Sua necessidade espiritual e não com a necessidade física. Esta é a maior necessidade que temos que ser tratado: PECADO. Ele – o pecado - sendo lançado fora produz LIBERTAÇÃO e transformação!

O resultado não foi apenas uma cura meramente física, mas igualmente de alma e espírito.
No versículo 25 diz que ele VOLTOU GLORIFICANDO A DEUS, portanto, constatamos que um encontro verdadeiro com Jesus produz:
CURA – DISPOSIÇÃO (ele imediatamente se levantou...).
TESTEMUNHO (o leito que permanecera deitado...).
DIREÇÃO (voltou para casa...).
REGOZIJO (glorificando a Deus...).
Esse modo de “chamar a atenção” do Mestre dá trabalho – exige esforço – ousadia, mas, igualmente dá resultado.

3)  Humildade e fé

“E o servo de um certo centurião, a quem muito estimava, estava doente, e moribundo. E, quando ouviu falar de Jesus, enviou-lhe uns anciãos dos judeus, rogando-lhe que viesse curar o seu servo” – Lucas 7:2-3.

...Um certo centurião... trata-se de um oficial romano, portanto, não era do povo judeu, entretanto, ele conseguiu chamar a atenção do Mestre intercedendo junto ao mesmo pela vida de seu funcionário.

O que tocou Jesus foi a humildade nesse oficial romano – coisa rara entre os romanos, quando esse lhe mandou dizer: “Senhor, não te incomodes, porque não sou digno de que entres debaixo do meu telhado. E por isso nem ainda me julguei digno de ir ter contigo; dize, porém, uma palavra, e o meu criado sarará. Porque também eu sou homem sujeito à autoridade, e tenho soldados sob o meu poder, e digo a este: Vai, e ele vai; e a outro: Vem, e ele vem; e ao meu servo: Faze isto, e ele o faz”. Lucas 7:6-8.

E, ouvindo isto Jesus, maravilhou-se dele, e voltando-se, disse à multidão que o seguia: Digo-vos que nem ainda em Israel tenho achado tanta fé. E, voltando para casa os que foram enviados, acharam são o servo enfermo.

Interessante que Jesus ficou tão impactado com a maneira com que aquele centurião demonstrou sua fé que sequer continuou sua caminhada até a casa dele.
A humildade e a expressão de fé de um gentio que contrastava com a fé dos próprios judeus fez parar Jesus e o milagre aconteceu.

É notável como Jesus trata cada caso separadamente. Isso nos garante liberdade de expressão diante dEle, seja qual for nossa cor, raça, nacionalidade, idade, grau de instrução ou status social.
Aquele que vem a Mim, de maneira nenhuma lanço fora... está valendo à todos! É a graça em franca operação.

4)  Unguento

“E eis que uma mulher da cidade, uma pecadora, sabendo que ele estava à mesa em casa do fariseu, levou um vaso de alabastro com unguento” – Lucas 7:36-50.

...Um fariseu, possivelmente abastado, convida Jesus para uma refeição em sua casa, mas uma mulher - uma pecadora - é quem “rouba” a cena. Convém aqui lembrar o que Jesus disse: “Não necessitam de médico os que estão sãos, mas, sim, os que estão enfermos” – Lucas 5:31.

Ela, sabedora de que Jesus estava a mesa em casa do fariseu, levou consigo um vaso de alabastro com unguento. (Alabastro = uma espécie de mármore, usado para manufaturar vasos e jarras de unguento. Unguento = Mirra ou Nardo misturado a uma base oleosa de Azeite de Oliva).
E foi com essa atitude ousada que ela chamou a atenção do Mestre. A Bíblia descreve que ela estando por detrás, prostrada aos Seus pés, chorando, começou a regar-lhe os pés com lágrimas e enxugáva-lhos com os cabelos de sua cabeça e beijava-Lhe os pés, e ungia-lhos com unguento. É possível imaginar como a cena impactou a todos naquele recinto e como aquela mulher se despojou de TUDO para protagoniza-la.

Pela leitura que podemos fazer certamente se tratava de uma mulher muito vaidosa, em face do perfume que carregava e da maneira como a Bíblia relata que eram seus cabelos, mas que relega toda vaidade, se humilhando a fim de ser atendida pelo Mestre. Ela não se importa em chorar mesmo que (talvez) borrasse sua maquiagem. Tampouco se importou de usar o seu cabelo como toalha para enxugar os pés do Senhor. Também não se importou de derramar todo aquele caríssimo unguento nos pés do homem da Galiléia. Você faria isso para chamar a atenção do Mestre?

Tudo isso fala de desprendimento dos valores secundários. Fala da troca de valores passageiros por valores eternos.

Bem, o fariseu imediatamente ao contemplar toda a cena desaprova Jesus, pois, pensava ele: Se este (Jesus) fora profeta, bem saberia quem e qual é a mulher que lhe tocou, pois é uma pecadora. (Pecadora neste contexto sugere que tratava-se de uma prostituta).
A verdade é que Jesus volta-se para a mulher e lhe diz: “Os teus pecados te são perdoados, a tua fé te salvou; vai-te em paz” – (Lucas 7:50).

A vaidade é uma das principais causas de impedimentos do porque muitos não alcançam a atenção de Jesus.
Essa mulher vaidosa entrou em casa alheia, chamou a atenção de todos, mas principalmente da Pessoa que podia resolver seus problemas emocionais, físicos e espirituais. Deu certo! Ela entrou como uma proscrita pecadora, mas saiu daquela casa salva e em paz, sem se importar com os demais que se encontravam por perto, o que eles pensavam, o que achavam, o que sentiam.
Ela voltou perdoada seja lá de quantos pecados pesavam sobre ela... Voltou salva por sua fé... e voltou em paz... a paz que somente Jesus pode dar.

5)  Um toque sutil

“E uma mulher, que tinha um fluxo de sangue, havia doze anos, e gastara com os médicos todos os seus haveres, e por nenhum pudera ser curada, chegando por detrás dele, tocou na orla do seu vestido, e logo estancou o fluxo do seu sangue”. – Lucas 8:43-47.

Outro relato de mais uma pobre mulher que nem sequer seu nome é mencionado na Bíblia, tratando-a apenas de “uma mulher”. Quem sabe seja seu caso... talvez a sociedade assim a tem tratado.

Essa mulher padecia de um tipo de hemorragia que já se estendia por longo 12 anos. Não era apenas o sangue (a vida) que ela perdera. Igualmente suas finanças estavam sendo dilapidadas pela enfermidade crônica. A Bíblia diz que ela gastara com os médicos seus haveres e por nenhum pudera ser curada. (v.43).

Entretanto, essa mulher teve um vislumbre. É possível que pelo fato de ir de um canto para o outro atrás da cura tenha ouvido falar sobre Jesus e que Ele se encontrava na cidade, então ela possivelmente pensou: “Se este homem é tão poderoso quanto falam, basta eu me esgueirar por trás e tocar no seu vestido que serei curada”.

Segue-se que ela não ficou apenas no “pensamento” ou na “intenção”. É horrível quando pessoas permitem que o tempo se “dissipe por entre suas mãos” e não se lançam a prática da instrução.
Essa mulher estava decidida, e como possivelmente era uma mulher fina intentou empreender esforços para que não chamasse atenção de ninguém. Jesus estava sendo apertado por uma multidão e de repente ele para e pergunta: “Quem é que me tocou?”. Entretanto, Pedro, alheio ao que estava (de fato) ocorrendo diz: “Mestre, a multidão te aperta e te oprime, e dizes: Quem é que me tocou?” Mas Jesus, ciente da operação da maravilha replica: “Alguém me tocou, porque bem conheci que de mim saiu virtude”. - (Lucas 8:45-46).

Não dava mais para esconder. Ela não queria “aparecer”, entretanto, sua própria fé a delatara. Agora todos estavam com seus olhos bem abertos para ver o que aconteceria diante da súbita reação de Jesus. Então, não podendo se esconder ela aproxima-se tremendo e prostra-se ante Jesus e declara-Lhe diante de todos o motivo, porque Lhe tocou e logo que tocou como sarara da terrível hemorragia.

Jesus a despede em paz, mas, é importante observar que a enfermidade daquela mulher era possivelmente de ordem espiritual, ou seja, decorrente de pecado.
Jesus diz a ela: “Tem bom ânimo, filha, a tua fé te salvou; vai em paz”. (v.48).  Por que Ele não disse: A tua fé de CUROU? E sim a tua fé te SALVOU!

O pecado é a raiz de todo mal da humanidade. Muitos problemas que se arrastam anos a fio na vida de pessoas ainda não se resolveram, pois, a raiz ainda continua lá, ou seja, o pecado. Elimina-se a raiz (o pecado), obtém-se perdão do Autor e Consumador de nossa fé, conforme 1 João 1:9 e uma vida de salvação e paz é imediatamente desfrutada, tal como ocorreu com aquela mulher: “Tem bom ânimo, filha, a tua fé te salvou; vai em paz”.
Jesus possui virtude para todos que nEle tocar!

6)  Um grito na multidão

“E eis que um homem da multidão clamou, dizendo: Mestre peço-te que olhes para meu filho, porque é o único que eu tenho. Eis que um espírito o toma e de repente clama, e o despedaça até espumar; e só o larga depois de o ter quebrantado” – Lucas 9:38-39.

Quem é pai sabe muito bem como é doloroso ver um filho em situação difícil. O dr. Lucas relata que em meio a multidão que apertava Jesus, um pai desesperado por seu filho que sofria terríveis ataques, possivelmente do que hoje conhecemos como epilepsia, clama a Jesus para que Ele olhe para seu menino vitimado de tanto sofrimento. A Bíblia não relata, mas nos leva crer que era o único filho daquele homem, portanto, imaginemos o desconforto daquele pai em contemplar aqueles ataques que sucediam ao garoto. Seu desespero provavelmente se acentuou ainda mais quando os discípulos de Jesus – seus representantes legais – não puderam resolver a questão, porque faltava oração para eles. (Marcos 9:29).

O desespero bateu-lhe forte, mas, mais forte foi seu brado pedindo o socorro do Mestre.
Jesus sabedor de todas as coisas percebe em Seu espírito que aquela geração, ou seja, aquelas pessoas, aquela multidão eram na realidade presas fáceis de duas forças contrárias a graça divina – INCREDULIDADE e PERVERSIDADE. – (Lucas 9:41). Ora, Jesus citou duas forças de peso no impedimento para se estabelecer o Reino de Deus e Sua justiça. Não se tratava apenas de incredulidade, mas também de perversidade. Incredulidade é duvidar, é possuir uma disposição mental para NÃO acreditar. E pior... aliado a isso a incredulidade que é a qualidade de perverso; índole má ou ferina; fereza, malvadeza; ação perversa; corrupção, depravação. Logo, dá para imaginar a impressão espiritual que Jesus observou naqueles corações daquela grande multidão que LHE SAIU AO ENCONTRO. Saíram ao encontro de Jesus, mas, seus corações continuavam sendo os mesmos e agasalhando as mesmas inclinações pecaminosas.

Bem, fato é que Jesus expulsou aquele demônio, aquele espírito imundo que promovia a epilepsia naquele garoto, curou-o e o entregou ao seu pai.

Aquele homem chamou a atenção do Mestre sem se importar o que pensariam dele ou o que falariam de sua atitude, ou mesmo de seu amado filho. Jesus teve sua atenção, momentaneamente ignorou toda aquela multidão e curou aquele garotinho... por causa da intercessão de seu pai...
Creia, você pode chamar a atenção do Mestre por causa do seu filho ou da sua filha. Ao atender aquele pai, Ele estava abrindo a porta para atender todo aquele pai ou aquela mãe que clama pela vida de seu filho ou filha!

A vida sem Cristo é vazia e totalmente sem sentido, por isso, não nos intimidemos com a presença daqueles que não crêem no Senhor, mas clamemos insistentemente Sua ajuda, pois, como Ele mesmo disse: "Sem mim, nada podeis fazer" (João 15:5).

7)  Um coração agradecido (Lucas 17:11-19).

“E, respondendo Jesus, disse: Não foram dez os limpos? E onde estão os nove? Não houve quem voltasse para dar glória a Deus senão este estrangeiro? E disse-lhe: Levanta-te, e vai; a tua fé te salvou” – Lucas 17:17-19.

Jesus estava se dirigindo à Jerusalém e passa pelo meio de Samaria e da Galiléia. E, entrando numa certa aldeia, saíram-lhe ao encontro dez homens leprosos, os quais pararam de longe; E levantaram a voz, dizendo: Jesus, Mestre, tem misericórdia de nós.

Esse fato narrado por Lucas é realmente notável, pois, mostra que a vida miserável daqueles dez contribuiu para a formação de um grupo. Eles acabavam se confortando mutuamente, já que estavam esquecidos pela sociedade. Aliás, até mesmo as divergências nacionalistas (Judeus x Samaritanos) foram esquecidas. A lepra atacara tanto judeu quanto samaritano, logo, porque não ouvir um judeu que talvez pudesse resolver a deficiência deles? Fato é que chamando Jesus de Mestre, eles O param e clamam por misericórdia!

Jesus os atende, mas com uma instrução curiosa. Ele os envia ao sacerdote. Eles, mesmo sem sinal evidente de cura partiram, demonstrando assim que criam de verdade naquilo que Jesus lhes falara. Os dez acataram a instrução e não a questionaram...

Foi essa fé que os CUROU! Uma fé assim abre portas para a virtude curadora de Deus, entretanto, ao analisarmos com detalhe o texto observaremos quem apenas UM foi curado e SALVO.
A atitude dele chama a atenção do Mestre a ponto dEle indagar: “Não foram dez os limpos? E onde estão os nove? Não houve quem voltasse para dar glória a Deus senão este estrangeiro? E disse-lhe: Levanta-te, e vai; a tua fé te salvou” (v.17-19).

Eram dez, sendo nove judeus e apenas um samaritano. Apenas o samaritano voltou para dar glória ao Senhor. Apenas o samaritano alcançou a salvação. Os demais, apenas a cura!
Será que nós damos graças a Deus? Será que damos graças a Ele, não somente por Seus grandes milagres, mas, igualmente por Sua providência diária... em pequenas coisas? Ou será que O procuramos apenas em busca de cura?

É no silêncio de nosso quarto (de nossa vida) que muito pode nos ser revelado pelo Senhor! É quando somos agradecidos a Deus que Ele libera mais de Si para nós!
Como alguém disse: “Os jornais não ficam sabendo da obra mais profunda de Deus no indivíduo ou na comunidade, pois ela chega de mansinho, como chega a primavera num jardim e numa floresta”.

Sejamos agradecidos pelas curas, pelas bênçãos alcançadas, mas, muito mais pela salvação!

8)  Não se calando, mas clamando! (18:35-43)

“E aconteceu que chegando ele perto de Jericó, estava um cego assentado junto do caminho, mendigando... E os que iam passando repreendiam-no para que se calasse; mas ele clamava ainda mais: Filho de Davi, tem misericórdia de mim!” – Lucas 18:35,39.

Dessa vez quem chama a atenção do Mestre é um pobre cego que mendigava a beira do caminho. Ele era cego, mas não surdo! Ele ouvindo passar a multidão logo perguntou que “trupe” seria aquilo e alguém lhe informou que Jesus Nazareno passava por ali.

Então, se súbito começou a clamar dizendo: Jesus, Filho de Davi, tem misericórdia de mim.
Quando Jesus passa por perto de sua vida, não hesite em chamá-Lo. Grite bem alto se necessário, mas não permita que Ele passe sem te notar...

Então, os insensíveis, os egocêntricos, os amantes de si mesmos, os mesquinhos repreendiam-no para que se calasse; mas ele clamava ainda mais: Filho de Davi, tem misericórdia de mim! Este cidadão era cego, mas não surdo, nem bobo e tampouco mudo. A pleno pulmão ele clamava Filho de Davi, tem misericórdia de mim! Aliás, só faltava dizer: Filho de Davi, tem misericórdia de mim, pois, essa multidão não exerce nem um pouco de misericórdia para comigo!

Como é difícil receber misericórdia de nossos semelhantes... quantos corações insensíveis...
Então Jesus, parando, mandou que lho trouxessem; e, chegando ele, perguntou-lhe, dizendo: Que queres que te faça? E ele disse: Senhor, que eu veja.
E Jesus lhe disse: Vê; a tua fé te salvou.
E logo viu, e seguia-o, glorificando a Deus. E todo o povo, vendo isto, dava louvores a Deus.
Quantos que não chegam a VER o que está a sua disposição porque acabam por dar crédito à “multidão” que diz para se calarem e eles passivamente se calam. A multidão não está interessada em exercer misericórdia, portanto, clame a pleno pulmões ao Filho de Davi. Ele sim pode te ouvir e além de ouvir pode lhe conceder misericórdia.

Se aquele cego deixasse se levar pela maioria, não teria chamado a atenção do Mestre, consequentemente não teria a atenção dEle e tampouco teria alcançado sua cura e salvação.
Ele se dirigiu aquele ponto no caminho como um cego envolto em sua vidinha miserável, mas, no final daquele memorável dia ele era um homem feliz, alegre, que enxergava e que encontrara a salvação. Além de enxergar, ele foi salvo. Não apenas curado, mas salvo. (Faço questão de reafirmar isso, pois é infinitamente mais importante).

A bem da verdade, a principal ação do Evangelho é SALVAR e não curar, prosperar, bênçãos financeiras, sonhos conquistados, etc., embora, a consequência do salvo possa redundar nisso. “Esta é uma palavra fiel, e digna de toda a aceitação, que Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal” – (1 Timóteo 1:15).
Ele foi salvo, curado e passou a seguir o Mestre glorificando a Deus! Aleluia! Um dia o encontraremos na glória!
Este ex-cego chamou a atenção do Mestre porque não se calou, mas clamou e foi ouvido!

9)  Escalando uma árvore (19:1-10)

“E eis que havia ali um homem chamado Zaqueu; e era este um chefe dos publicanos, e era rico. E procurava ver quem era Jesus, e não podia, por causa da multidão, pois era de pequena estatura. E, correndo adiante, subiu a uma figueira brava para o ver; porque havia de passar por ali” – Lucas 19:2-4.

Já comentamos oito situações onde pessoas pobres, ricas, importantes, simples, chamaram de alguma forma a atenção de Jesus de Nazaré, entretanto, este homem chamado Zaqueu radicalizou. A Bíblia diz que ele era importante, chefe dos publicanos e rico. Que credenciais estas, não?
Lucas cita seu nome – Zaqueu – então, realmente era alguém muito importante!
Ele era chefe dos publicanos. Os publicanos eram os coletores de impostos privados para esse propósito, e não por agentes governamentais oficiais. Naturalmente, tais indivíduos tiravam proveito da situação a fim de obter ganhos desonestos. Logo, se tratava de um cidadão rico!
Entretanto, mesmo possuindo tais credenciais, o senhor Zaqueu procurava ver Jesus, todavia, sua baixa estatura o impedia de vencer a multidão. Então, com um raciocínio rápido, próprio de pessoas que trabalha com a matemática ele olhou para Jesus, observou Seus passos, Sua direção; olhou para a figueira e correu para lá, pois, mesmo com a pequena estatura ele sabia que conseguiria escalar aquela árvore de lá ver o famoso Jesus. Os cálculos dele estavam corretos, portanto, valou-lhe o esforço de ignorar ainda que momentaneamente sua posição social e subir naquela árvore. Aquilo chama a atenção do Mestre, pois, quando Jesus chegou àquele lugar, olhando para cima, viu-o e disse-lhe: Zaqueu desce depressa, porque hoje me convém pousar em tua casa. (v.5).
Perceberam que no versículo 2 Zaqueu deseja ver Jesus, portanto, não O conhecia, entretanto, no versículo 5 Jesus o chama pelo nome?
Por mais que Zaqueu desejasse ver a Jesus, Jesus desejava vê-lo e não somente isso, mas, pousar em sua casa.

Se continuarmos lendo Lucas 19 observaremos que Jesus foi para a casa de Zaqueu, foi bem recebido com alegria e mudou a história daquele homem de pequena estatura. Ele era de pequena estatura fisicamente, entretanto, se tornou um gigante na fé. A primeira evidência que se constata é que imediatamente é destronado o demônio da avareza da vida daquele homem.
Ele mesmo, com sua própria boca disse: “E, levantando-se Zaqueu, disse ao Senhor: Senhor, eis que eu dou aos pobres metade dos meus bens; e, se nalguma coisa tenho defraudado alguém, o restituo quadruplicado”. (v.8).

Como é lamentável observar tantos que não estão dispostos nem subir um degrau para ver Jesus, quer dirá uma “árvore”. A ostentação tem impedido outros de verem a Jesus. Outros nem sequer vão mais ao templo para se reunir com irmãos de fé. Ainda há os avarentos. Os tais nem se dão conta que estão praticando a idolatria, conforme diz a Palavra em Colossenses 3:5.
Quando a SALVAÇÃO verdadeira entrou naquela casa, esse homem foi imediatamente liberto. Ele não deixou de ser importante. Não deixou de ser rico! Aliás, muito mais rico que antes, mesmo dando metade de seus bens aos pobres e restituindo quadruplicadamente a quem, porventura, havia defraudado.

Esta é a SALVAÇÃO que Jesus promove. Muda os homens de dentro para fora e não apenas um “verniz gospel” por fora, enquanto por dentro a avareza, a ostentação, a soberba, a arrogância e outros males continuam ativos.

Este homem, Zaqueu realmente chamou muito a atenção de Jesus. Ele e sua casa foram salvo e um dia, também poderemos encontrá-lo na glória!

10)  Minutos finais (23:39-43)

“E um dos malfeitores que estavam pendurados blasfemava dele, dizendo: Se tu és o Cristo, salva-te a ti mesmo, e a nós. Respondendo, porém, o outro, repreendia-o, dizendo: Tu nem ainda temes a Deus, estando na mesma condenação? E nós, na verdade, com justiça, porque recebemos o que os nossos feitos mereciam; mas este nenhum mal fez. E disse a Jesus: Senhor, lembra-te de mim, quando entrares no teu reino. E disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso” – Lucas 23:39-43.

Que hora mais crucial na vida de alguém – a hora da morte! Ninguém gosta de falar sobre o assunto. Existem aqueles que nem sequer leem as mensagens cujo teor se evidencia a morte, entretanto, não podemos ignorar que somos sujeitos a ela a qualquer momento.

Aqueles três que se encontravam sobre o madeiro lá no monte chamado Gólgota sabiam que a morte seria iminente. Jesus, cujo propósito da sua vinda era morrer pelo pecado da humanidade e ressurgir trazendo redenção a todos quantos O aceitarem como único e suficiente Salvador. Além de Jesus, outros dois indivíduos que segundo os relatos bíblicos estavam sendo crucificados porque eram “malfeitores”.

Um deles começa a blasfemar praguejando Jesus de Nazaré. Ele estava ali, próximo da morte, mas de coração tão duro que sequer levava em consideração tudo o que provavelmente ouvira sobre Jesus. No entanto o outro malfeitor o repreende por tais palavras e pela repreensão mencionada observa-se que ele teme a Deus. Era sim um malfeitor, mas, no fundo daquele coração havia TEMOR. Além de temor ele tinha consciência de seu erro, o que podemos entender como um “pedido de perdão”. Ele disse: “E nós, na verdade, com justiça, porque recebemos o que os nossos feitos mereciam”. Mais a frente na leitura constatamos que Jesus, que certamente ouvia ao diálogo entre os malfeitores acatou o pedido “subjetivo” de perdão. Quando o malfeitor que temia a Deus chama a atenção do Mestre e lhe diz: “Senhor, lembra-te de mim, quando entrares no teu reino”, Jesus IMEDIATAMENTE responde: “Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso”.

É assim que Jesus age – IMEDIATAMENTE – quando de verdade O buscamos com um coração contrito e quebrantado. Isso já havia sido profetizado pelo profeta Isaías acerca de Jesus cerca de 700 anos antes da vinda dEle sobre a terra. Ele diz: “Porque assim diz o Alto e o Sublime, que habita na eternidade, e cujo nome é Santo: Num alto e santo lugar habito; como também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos, e para vivificar o coração dos contritos” – (Isaías 57:15).

A bem da verdade, sabe quanto tempo demora entre pedirmos perdão e sermos perdoados? Exatamente o tempo em que demoramos em nos pronunciar. Nada mais, nada menos! O diálogo entre esse malfeitor e Jesus nos ensina essa verdade, portanto, não vamos permitir que o inimigo semeie dúvida!

É possível que alguém... algum dia leia esta pequena meditação e se encontre numa situação parecida com aquele “malfeitor”. Talvez até alguém que se encontre preso e condenado. Saiba que Jesus tem a maior de toda liberdade – a liberdade de espírito.

Aquele malfeitor morreu fisicamente, mas NÃO espiritualmente. Ele é um exemplo de que até na hora da morte, nos instantes finais basta clamar o Nome de Jesus e Ele estará ali para propiciar redenção para quantos pecados pesarem sobre tal pessoa. Até na hora da morte podemos chamar-Lhe atenção!

Também iremos encontrar com esse ex-malfeitor lá na glória, porque aproveitou seus últimos minutos de vida para chamar a atenção do Homem de Nazaré que veio ao mundo exatamente para salvar os que atendem ao apelo da graça.

Final!

“Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a destra da minha justiça” – Isaías 41:10.

Encerramos a série de mensagens sob o título “Chamando a Atenção de Jesus”. Foram dez pequenas mensagens, e em cada uma delas relatamos pessoas que se posicionaram. Geralmente em meio a multidão para chamar a atenção do Mestre. TODAS obtiveram êxito!

Talvez alguém tenha lido as dez mensagens, entretanto, essa realidade – de que é possível chamar a atenção de Jesus Cristo de Nazaré – lhe pareça algo muito distante.

Pois bem!
Será que as coisas acontecem pura e simplesmente ao acaso? Você crê que o que ocorre contigo durante cada minuto de sua vida é puramente coisas acidentais e ou desgovernadas? Ou que alguma coisa acontece não sendo acidental, porém, outras são meramente acidentais?
Cada acontecimento não é acidental. Nossa concepção não foi acidental - Nosso nascimento não foi acidental - Nossa vida até aqui - também não é acidental. Nós, em nossa ignorância é que o tomamos por acidental, porém, há um plano definido e desde o princípio tudo foi posto em ordem por Aquele que gerou-nos em vida. Deus que é eterno e imutável conhece todas as coisas, todas as épocas, todas as eras, todas as estações. Tudo está em Suas poderosas mãos e sob Seu controle. (Salmos 139 – Daniel 2:21 – João 1:3).

Atentamos para o surgimento de Jesus... Ele veio na plenitude dos tempos, como narra a Palavra. Deus permitiu que profetas viessem primeiramente e profetizassem tal maravilhoso acontecimento com muitos séculos de antecedência. Depois surgiram os romanos, famosos por seu bem ordenado governo, abrindo estradas e espalhando pelo mundo de então, suas leis e sistemas de vivência... e depois de tudo isso Deus envia Seu Filho. Acaso? Não - Deus está no comando.
Igualmente a nós, Deus não permite que entremos no casuísmo e venhamos a exercer nossas vidas de modo fantasioso e hipócrita ou simplesmente a mercê de tal de destino. Existem muitas pessoas enganando-se a si mesmos. Muitas pessoas querendo mudar o curso da sua vida, mas de maneira errada. Há somente uma fonte que traz libertação e essa fonte é o próprio Cristo. Ele disse: "Aquele que tem sede vem a mim e beba". Infelizmente, muitos buscam de beber de outras fontes que não trazem o saciar desse tipo de sede. Muitos, ao invés de chamar a atenção do Mestre, são fisgados por sistemas e filosofias onde suas atenções ali se fixam perdendo-se no tempo e no espaço.

Deus não para para consultar-nos, e tudo se realiza de acordo com o conselho da Sua vontade. Deus tem a Sua hora, tem os Seus caminhos, e Ele age e opera de acordo com os mesmos, portanto, se estivermos fora deles, certamente nunca encontraremos a solução de Deus para nossas vidas. Encontraremos sim algo que nos parece ser solução, mas que certamente é caminho de morte e quando cairmos na real estará tão longe do trono da graça que só mesmo os braços de amor do Pai, poderá nos alcançar, nos socorrer e nos tirar de tal situação.
Ele jamais mentiu e quando diz o que diz em Isaías 41:10 – “Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a destra da minha justiça” - se crermos é a verdade - se não crermos... Ora, CONTINUA sendo a verdade e estará sempre disponível para cada um que desejar beber dessa absoluta verdade. Aleluia!
Encerro dizendo que É possível chamar a atenção de Jesus, pois, Ele proporcionou essa possibilidade. Ele abriu o caminho. Ele se fez Caminho! Ele chamou a atenção do mundo! Deus amou o mundo de tal maneira que enviou Seu único filho para que todo o que nEle crer, não pereça, mas tenha a vida eterna! (João 3:16).

A decisão de cada um é pessoal e intransferível – e NINGUÉM terá desculpas no grande dia, quando os livros forem abertos e entre eles o Livro da Vida e seu nome ou o meu não constar lá!

“Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno” – (Hebreus 4:16).

Por Vilson Ferro Martins

Fonte: http://www.vozdotrono.com.br

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