Jesus, o grande sumo sacerdote

Texto: Levítico 8.1-9; Hebreus 4.14-16

        Com a graça de Deus identificaremos Jesus no livro de Levítico. O que torna mais fascinante é perceber o zelo do Senhor em atrelar o Antigo ao Novo Testamento. Jesus é conhecido como o bom pastor, o Supremo Pastor (João 10.11; 1 Pedro 5.4), Rei (Apocalipse 19.16), profeta (Deuteronômio 18.17-19, Lucas 13.33), Mediador (Hebreus 8.6), Salvador (Efésios 5.23), mas olharemos para ele como o Grande Sumo Sacerdote (Hebreus 4.14).

        Os sacerdotes eram responsáveis pela intercessão a Deus em favor do povo ao oferecer os muitos sacrifícios que a lei requeria, fazendo a expiação pelos seus próprios pecados e pelos do povo. Entre os sacerdotes, um era escolhido como o sumo sacerdote, o qual entrava no Santo dos Santos, uma vez por ano, no dia da Expiação, para colocar o sangue do sacrifício sobre o Propiciatório purificando todo o tabernáculo (Levítico 16.32-33).

        Através desses sacrifícios diários e anuais, os pecados do povo eram perdoados diante de Deus que os santificava quanto à purificação da carne (Hebreus 9.13). Quando a lei foi dada no Monte Sinai, os levitas foram identificados como os servos do tabernáculo, com a família de Arão tornando-se sacerdotes.

        É interessante perceber que o sumo sacerdote também fazia expiação pelos próprios pecados e pelos do povo, mostrando que mesmo nessa posição era homem pecador, passível de falhas quanto à lei do Senhor. Então nosso Deus manifestou ao mundo um sumo sacerdote que se diferenciou de todos os já existentes que, embora não pertencesse à família de Arão, foi divinamente ordenado “sumo sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque”, Jesus Cristo(Hebreus 5.10).

        Cristo, o Filho do Deus vivo, se diferenciou, e muito, na função sacerdotal, começando pela vida totalmente desvinculada do pecado, distante de toda obra praticada pela natureza decaída como podemos ler em Hebreus 7.26-27: “Com efeito, nos convinha um sumo sacerdote como este, santo, inculpável, sem mácula, separado dos pecadores e feito mais alto do que os céus, que não tem necessidade, como os sumos sacerdotes, de oferecer todos os dias sacrifícios, primeiro, por seus próprios pecados, depois, pelos do povo”.

        Logo, através da mediação sacerdotal de Jesus, totalmente aceitável a Deus, nós temos livre acesso na presença do Senhor, e mais, ele põe o seu povo em permanente relação com Deus; e como sacerdote, mantém-nos nela, segundo a perfeição do que ele é. Deus, conhecedor da fragilidade humana, num ato de pura justiça, enviou seu Filho único capaz de fazer, de uma vez para sempre, a expiação dos nossos pecados.

        Além da perfeita justiça, manifestou também um amor maioral capaz de sacrificar seu Filho em favor de nós, portanto, Deus, na pessoa de Jesus, pagou o preço pelo pecado da humanidade.

        Graças a esta maravilhosa obra, temos um sumo sacerdote que vive para interceder por nós, que se compadece das nossas fraquezas, que derrama graça sobre graça a cada dia. Conservemos, portanto, firme a nossa confissão (Hebreus 4.14-16).

        Por toda essa diferenciação, Jesus tornou-se o Grande Sumo Sacerdote, nome que está acima de todo nome (Filipenses 2.9), o sacerdote da mais alta confiança do Pai, que nos proporcionou a segurança necessária para nos achegarmos a ele. Confiemos, portanto, em nossa aceitação por Deus, pois ele recebe a mediação de Cristo, o Grande Sumo Sacerdote.

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Pr. Marcelo Galhardo

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